segunda-feira, 9 de junho de 2014

Como dar nome ao seu evento acadêmico

Este é um site/blog que publica tirinhas sobre a vida acadêmica que eu gosto bastante, essa eu achei tão interessante que resolvi traduzir. Referências estão logo abaixo da tirinha em questão.



Traduzido livremente (e porcamente) por mim, do original em: phdcomics

sábado, 7 de junho de 2014

Top five: eventos fake no Facebook

Como todos devem ter acompanhado, nessa semana que passou, surgiram vários eventos falsos no Facebook, a princípio com motivação política, mas depois, foram surgindo vaŕios eventos engraçadíssimos e estes são os cinco melhores, IMHO:

1. Aula de Italiano com Enzo Gorlami, Antonio Margheriti e Domonick DeCocco:

Esse foi o mais engraçado de todos, disparado. Quem se lembra da cena do filme "Bastardos Inglórios" vai saber do que estou falando. Pena que ele já aconteceu, ou você poderia participar.




2. Gravação do Acústico MTV do Seu Madruga:

Quero ver, outra vez, seus olhinhos de noite serena...




3. Palestra sobre Finanças e Economia com Julius Rock:

Este post custou cinco centavos, é melhor que alguém leia esse post!




4. Acordar o Billie Joe Quando Setembro Acabar:

Wake me up when september ends...




5. Encontro Nacional das Retas Paralelas:

Ok, ok... essa é motivada pela minha formação acadêmica. Mas todos sabemos que as retas paralelas se cruzam em Belém do Pará, certo?




E você, quais foram seus eventos fake preferidos?

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Os segredos da mega-sena: dicas imperdíveis!



Toda vez que você vir um título como o desse post, não clique, não compartilhe, apenas ignore. Estatísticas mostram que, em 120% dos casos, você precisará fornecer alguma informação a seu respeito para receber algum tipo de "informação privilegiada", ou seja, estará se expondo. Mesmo que você não forneça mais nenhuma informação, o seu IP já é capturado, as consequências podem ser graves.

E vou te adiantar mais uma informação: a menos que os sorteios da mega sena não sejam honestos e os auditores que aparecem lá sejam todos comprados, NÃO EXISTEM INFORMAÇÕES PRIVILEGIADAS A RESPEITO DESSE SORTEIO. Não caia nessa.

Dito isso, eu vou lhe dizer algo que você provavelmente já sabe e algo que, provavelmente, você não sabe ou ainda não parou para pensar.

A primeira coisa que lhe direi são as chances de você ganhar na mega-sena. Vejamos, quando você joga um bilhete com seis números, isso é uma combinação. Tendo em vista que há 60 números, a quantidade de combinações únicas possíveis é $C_{60}^{6}$, lê-se "sessenta combinados seis a seis". Isso dá um número bem grande: $C_{60}^{6} = 50.063.860$. Então a probabilidade de você ganhar é dada por:

$\mbox{Probabilidade de Ganhar} = \frac{1}{50.063.860} = 1.99744886 \cdot 10^{-8}$

Isso é praticamente zero, meu amigo, minha amiga. Se eu te dissesse que é zero, quase não estaria mentindo. E acredite, do ponto de vista matemático, a chance de sair uma combinação 01-02-03-04-05-06 é exatamente a mesma de sair 32-45-55-17-09-20.

Mas então, por que nunca saiu uma combinação do tipo 01-02-03-04-05-06?

A resposta é simples. Há, conforme mencionei, 50.063.860 combinações possíveis, entretanto, até a data desse post, foram realizados apenas 1.602 sorteios da mega-sena. Ou seja, só foi possível explorar 0,0032% das combinações possíveis em sorteio. Quando tivermos, pelo menos, uns 25 milhões de sorteios realizados a gente volta a conversar sobre essa pergunta, ok?

Finalmente, vou te dizer que a chance de pelo menos uma pessoa ganhar, num sorteio que tenha 16 milhões de apostas únicas (média arredondada para o próximo milhão dos últimos três sorteios), é de aproximadamente $27,36\%$. O que seria pouco mais de pelo menos uma pessoa ganhar a cada quatro sorteios. Lembre-se que "pelo menos uma" quer dizer "uma ou mais", nesse contexto.

domingo, 25 de maio de 2014

Outro tipo de doutor...

Talvez isso esteja um pouco fora do tema principal do blog, mas a piada é ótima! Os créditos estão nela:


sexta-feira, 23 de maio de 2014

Desse jeito não há PIB que cresça!

Sugestão do leitor Júlio Boaro, obrigado!

O grupo empresarial Globo parece ter um sério problema no que diz respeito à respeitar as proporções de um gráfico que contenha alguma estatística. A vítima, dessa vez, foi o PIB - Produto Interno Bruto brasileiro, que é a soma de tudo o que se produz no país em cifras monetárias.

No programa "Bom Dia Brasil" de 09/04/2014, a economista Miriam Leitão falava sobre as projeções do PIB para 2013/2014 em algumas datas específicas, conforme a imagem abaixo.


Nela podemos ver que as projeções do PIB brasileiro vêm caindo desde abril de 2013 até abril de 2014, com alguns valores intermediários. Até aí, tudo bem, não fosse o prazer com o qual ela diz que o Brasil está "descendo a ladeira", conforme relatou o autor desse blog.

Visões políticas à parte, embora 100% de isenção numa análise seja impossível, vejamos o mesmo gráfico com a escala correta, logo abaixo.


Como é possível notar, da maneira como o gráfico aparece na tela mostrada pela apresentadora, temos a falsa impressão que 1,8% está praticamente em cima do eixo, muito mais próximo do zero do que realmente é. Se fosse seguir a proporção correta, a altura que vemos do 4 ao 1,8 deveria ser quase a mesma que veríamos do 1,8 até o eixo.

A discussão sobre o porquê de se tentar passar uma impressão assim do decrescimento do PIB, pior do que já se apresenta, e porque de tanto prazer em dizer que o "Brasil está descendo a ladeira", tendo em vista que esse desempenho não é uma boa notícia do ponto de vista econômico, transcende os objetivos deste blog, é política.

E você, acompanha o noticiário econômico?

Até a próxima!

terça-feira, 20 de maio de 2014

Paradoxo de Monty Hall



Um paradoxo pode ser definido como "uma afirmação verdadeira que leva a uma contradição lógica", porém, a definição que nos cabe aqui, para este problema em particular, é "o oposto do que alguém pensa ser a verdade".

Em outras palavras, quando nos deparamos com um dilema e a intuição (ou senso comum) nos aponta uma escolha que nos parece extremamente lógica mas essa escolha é a errada, estamos lidando com um paradoxo.

O paradoxo de Monty Hall é um problema da Teoria das Probabilidades, bastante conhecido por estudantes de Matemática e Estatística, que surgiu a partir de um concurso televisivo dos Estados Unidos chamado Let’s Make a Deal, exibido na década de 1970. Lembra um pouco a "Porta dos Desesperados", não?

O jogo consiste no seguinte: Monty Hall (o apresentador) apresentava 3 portas aos concorrentes, sabendo que atrás de uma delas está um carro (prêmio bom) e que as outras têm prêmios de pouco valor.

  1. Na 1ª etapa o concorrente escolhe uma porta (que ainda não é aberta);
  2. Em seguida, Monty abre uma das outras duas portas que o concorrente não escolheu, sabendo a priori que o carro não se encontra nesta porta;

Agora, o participante possui apenas duas portas para escolher, pois uma delas já foi aberta e não tinha o carro. Obviamente, então, o carro está atrás de uma das duas portas que restaram.

O apresentador, então, dá a seguinte escolha ao participante: manter a porta já escolhida ou mudar de porta? Tic tac tic tac...

Qual é a estratégia mais lógica? Ficar com a porta escolhida inicialmente ou mudar de porta? Com qual das duas portas ainda fechadas o concorrente tem mais probabilidades de ganhar? Por quê?

Vejamos, ao escolher uma das três portas, temos 1/3 de chance de acertar. Quando uma das portas é eliminada, sobram apenas duas. Portanto, tanto faz mudar ou manter a porta escolhida, pois a nossa chance será sempre de 1/2, correto?

NÃO!

Esta é a resposta intuitiva e parece fazer bastante, bastante sentido. Porém, como você já deve ter suspeitado, não é a resposta correta.

A chave está em lembrar que o apresentador sempre mostrará uma das portas que não tem o prêmio! Vejamos esta solução ilustrada:

Créditos da imagem: brainstormdeti

Como é possível perceber, desde o começo, na verdade, há três escolhas possíveis. Numa delas teríamos escolhido o carro e a troca ocasionaria a perda do prêmio. Porém, nas outras duas o apresentador seria obrigado a mostrar a o prêmio de baixo valor restante, uma vez que teríamos escolhido um deles. Isso garante que ganhemos o carro em 2 a cada 3 vezes em que mudamos de porta, ou seja, com 2/3 de probabilidade.

Como uma probabilidade de 2/3 ainda é maior que uma probabilidade de 1/2, a escolha correta é sempre mudar, para perder menos vezes.

E assim a Teoria das Probabilidades salvou o dia mais uma vez!

Até a próxima!

segunda-feira, 31 de março de 2014

Cada 1% de aumento na taxa de juros custa R$20 bilhões aos brasileiros


Gostaria, meus caros, de recomendar fortemente a leitura do texto abaixo, publicado na revista "Carta Maior" online:

Somos educados para o analfabetismo econômico.

É claro, é claro, tem um viés governista, porém, filtrando isso, os argumentos colocados pelo autor do texto para sustentar sua afirmação são brilhantes, na minha opinião.

Realmente, os meios de comunicação espalham aos quatro ventos que o rebaixamento da nota do Brasil pela Standard & Poors é algo extremamente maléfico para a nossa economia, quando isso pode não ser verdade para todo mundo.

Até por minha formação, não sou favorável a se desprezar totalmente uma avaliação de risco de investimento feita por uma agência que seja idônea, só é necessário observar a quais interesses essa agência atende.

No caso da Standard & Poors, esses interesses estão claríssimos: indicam aos grandes investidores "financistas" onde investir seu dinheiro e obter o maior retorno com menores risco e esforço. Ou seja, indicam aos realmente ricos e poderosos onde é possível ganhar dinheiro com pura especulação, sem necessariamente gerar produção, emprego e renda.

Quanto maior a nota de um país nessa agência (e outras), isso significa que este país se preocupa mais em atender aos interesses desse tipo de investidor em detrimento de outros interesses.

É uma questão de prioridades.

Você prefere pagar um Mineirão por dia de juros da dívida ou que estes valores sejam destinados a coisas que beneficiem a todos?

quinta-feira, 20 de março de 2014

Supernatural: foi legal, mas já deu, né? [SPOILERS]



Eu não comecei a acompanhar Supernatural logo que começou a ser exibido, em 2005. Nessa época, que nem faz tanto tempo, pouca gente conhecida acompanhava as séries que estreavam nos EUA, não era como hoje. Hoje é possível encontrar na Internet desde episódios legendados em tempo real até episódios no dia seguinte com uma legenda de qualidade razoável/boa.

Hoje é muito mais fácil acompanhar as séries sem ter que esperar a boa vontade dos canais brasileiros, mesmo os pagos.

Quando comecei a assistir todos os episódios em sequência, a série já estava na quinta temporada, se não me engano e, posteriormente a isso, comecei a acompanhar os episódios que saíam a cada semana. Antes disso, via episódios esporádicos (e dublados) no SBT.

E foi justamente na quinta temporada que, na minha opinião, a série deveria ter acabado.

A ideia de explorar lendas urbanas, colocando dois personagens carismáticos, ao som de AC/DC e um complemento de trilha sonora muito bom, para caçar monstros, um mais feio do que o outro, viajando num carro que praticamente tem personalidade própria não poderia dar errado.

A trama da série, até a quinta temporada, é bastante razoável, considerando a proposta dos produtores. Supernatural nunca foi uma série genial, mas como entretenimento cumpriu bem sua função. Teve elementos de terror, de drama, comédia e ação. Um ou outro episódio "nada a ver", mas nada grave.

Isso até a quinta temporada.

O problema é que, depois da quinta temporada, a trama original acabou. Sim, acabou.

O final com Sam possuído e preso no inferno, Bob e Castiel mortos e Dean como único sobrevivente seria um excelente final. A história faria muito sentido se terminasse ali. O desfecho tão esperado e imaginado havia acontecido de maneira satisfatória.

Mas não. Infelizmente não. Resolveram produzir uma sexta temporada, uma sétima, uma oitava e agora estamos na nona temporada.

Nessas quatro temporadas que seguiram, a história deu tantas voltas, apelaram tanto ressucitando, revisitando, desfazendo o mundo criado até a quinta temporada. A trama já mudou de rumo e já apelaram tantas e tantas vezes, no sentido de extrapolar totalmente o "sistema" criado pela série e deixar a história em aberto para poder jogar qualquer coisa que se queira nela, que eu confesso que já estou meio perdido e não vejo a hora de acabar.

E você?

Média cega, fala amolada



Desconfie de resultados mirabolantes que citam a média como única medida estatística de comprovação.

Por exemplo, você pode ouvir/ler por aí que o salário médio do brasileiro é de R$ 1.649, que o número médio de filhos por mulher (taxa de fecundidade), no Brasil, atualmente é de 1,8 ou que, na média, para cada barril de petróleo retirado um é água. Não, eu não me canso de usar este último exemplo.

O fato é que a média, analisada isoladamente, não diz muita coisa. A média não passa do valor intermediário entre os extremos da distribuição dos dados em questão.

Na faculdade de Matemática, que fiz no começo da década passada, tive um Professor de Estatística que dizia: "se eu como um frango e você nenhum, na média, cada um comeu meio frango, só que eu estou com indigestão e você com fome". Eu jamais vou esquecer dessa brilhante contextualização e toda vez que me lembro dela, mesmo agora, acabo rindo sozinho.

É claro que a média tem um poder de síntese, afinal, ela expressa, de certa forma, uma concentração dos valores numéricos obtidos na amostra em torno de um único valor. Então, na ausência de estatísticas mais completas, a média pode servir como guia de análise.

Entretanto, numa época em que temos computadores em nossas mãos e a computação de vestir está "estourando por aí", numa época em que a obtenção de dados suficientes para uma análise mais completa não é, na maioria dos casos, algo intangível, apresentar a média como se fosse o "suprassumo" das análises estatísticas, como acontece bastante nos meios de comunicação, é leviano e desonesto.

Isso me leva a afirmar o seguinte: quer uma análise dos seus dados que leve a conclusões válidas e úteis? Você tem duas opções: (a) estude Estatística, (b) consulte um(a) estatístico(a) ou alguém que também tenha bons conhecimentos em Estatística.

Senão você pode acabar com indigestão ou fome.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Evasão no Mestrado chega a 70%, por que será?

Outro dia, não faz muito mais do que um mês, alguns colegas me chamaram a atenção para a seguinte reportagem: "Evasão no Mestrado chega a 70%", veiculada pela Folha de SP.

Resumidamente, a reportagem mostra o que vem acontecendo nas grandes Universidades brasileiras: alunos de Mestrado e Doutorado estão abandonando os cursos, principalmente nas áreas de Ciências Exatas e Engenharias, por causa dos baixos valores das bolsas (R\$ 1.500 no mestrado e R\$ 2.200 no doutorado) e do surgimento de vagas com salários mais atrativos no mercado de trabalho.

O curso de Mestrado que deu título à reportagem foi o de Matemática Aplicada e Computacional, na Unicamp, registrando 70% de desistência, sendo o caso mais grave nesse sentido.

Tentei encontrar a série histórica com os valores das bolsas de Mestrado e Doutorado no site do CNPq, mas não obtive êxito nessa tarefa. Eu queria analisar os valores das bolsas em relação ao salário mínimo ou algum indicador, como a inflação por exemplo, para ter uma ideia do quanto o valor relativo das bolsas havia caído.

Eis que o site posgraduando "realizou meu sonho" e publicou em sua página do Facebook a seguinte imagem:

Fonte: posgraduando

A imagem quase dispensa comentários...

Em 1994, uma bolsa de mestrado representava 10 salários mínimos, enquanto que uma de doutorado representava 15 salários mínimos. Se essa relação tivesse se mantido constante, mestrandos receberiam algo em torno de R\$ 7.250 e doutorandos receberiam mais de R\$ 10.000, lembrando que bolsas não são tributáveis no IR, ou seja, esses valores seriam líquidos. Valores difíceis de serem superados pelo mercado, que teria que "rebolar" para "roubar" profissionais da Ciência.

Com as bolsas de hoje e o custo de vida elevadíssimo, principalmente, nas grandes cidades é quase impraticável "se manter" sem passar alguns apertos. É óbvio, é esperado, é claro que se o mercado oferecer um salário quase equivalente ao que o mestrando/doutorando alcançará quando concluir o curso e SE passar num concurso, ele tenderá a abandonar a carreira acadêmica e buscar melhores condições de vida.

Ser cientista não implica em voto de pobreza, apesar do retorno financeiro não ser a única coisa que os cientistas sérios buscam.

Olhando para este gráfico, a única, e triste, conclusão que posso tirar é: não seria possível acontecer outra coisa depois de tanto descaso de TRÊS governantes, do ponto de vista financeiro, com os nossos mestrandos de doutorandos.

Até a próxima.

domingo, 16 de março de 2014

O PT não vai salvar sua Cidade, seu Estado nem o Brasil



E nenhum partido vai. Não enquanto algumas mazelas que existem há décadas perdurarem.

A simples ideia de que um partido, no sistema político em que se encontra o Brasil hoje e com esta quantidade de problemas sociais, irá salvar a sua cidade, seu Estado ou o Brasil é uma tremenda ingenuidade.

O PT tem um estilo de governar que me agrada, ideologicamente falando. Tanto me agrada que eu sou filiado ao partido.

Falando da era Lula-Dilma em que vivemos, quando tomamos qualquer indicador econômico ou social, vemos que houve enormes avanços, apesar de todas as falhas que poderíamos apontar nas decisões tomadas pelo governo e seus aliados.

Houve avanços na Educação, na Saúde, apesar de pessoas ainda morrerem nas filas dos hospitais, milhões de pessoas saíram da miséria, milhões de pessoas puderam entrar numa Universidade ou curso técnico e conseguir melhores empregos, melhores opções, melhor qualidade de vida.

Até mesmo o estilo de privatizar, um mal necessário às vezes, é diferente. Basta comparar o que foi a privatização da Vale do Rio Doce (atual "Vale") e a privatização do pré-sal.

Mas o alcance do PT, ou de qualquer partido que estivesse no poder, em mudar a vida das pessoas encontra um limite bem nesse nível. No nível da melhoria, quando queremos o nível do "resolver" os problemas.

O Brasil é um país que precisa de reformas!!!

Reforma política, reforma tributária, reforma no sistema educacional, reforma no sistema de saúde, reforma no sistema penal. Essas são as cinco que eu consigo imaginar necessárias inicialmente.

Vejo muitos dos meus amigos e conhecidos fazendo reclamações do tipo: "nossa, quantos impostos", "nossa, que atendimento horrível no SUS", "nossa, que porcaria de estradas e ruas das cidades nós temos, mesmo pagando tantos impostos", "nossa, fulano (prefeito, governador, presidente) só faz 'cagadas'", "o bolsa família só cria vagabundos". Não com essas palavras, eu usei termos mais suaves. Também quero deixar claro que todos tem o direito e o dever de se manifestar.

O que as pessoas não conseguem enxergar, por falhas no sistema educacional ou influência da mídia, que em geral só quer nosso dinheiro, é que as coisas são muito, muito mais complexas do que parecem.

Enquanto nós continuarmos olhando apenas para os nossos objetivos, não pensarmos coletivamente, não entendermos quem nem sempre o ideal é disputar em vez de colaborar (não estou falando de caridade), continuarmos elegendo bandidos e perpetuando a cultura do "jeitinho brasileiro", nada será resolvido, no máximo pode ser melhorado.

As esferas do poder continuarão mais preocupadas com seus próprios jogos de interesse do que com os problemas que enfrentamos todos os dias. Não nos sentiremos representados como acontece hoje.

Enquanto a sociedade como um todo não se envolver para resolver estes problemas, em vez de ficar esperando que os bandidos que elegemos (que sempre são os maiores praticantes do "jeitinho") resolvam milagrosamente todos os incontáveis problemas do Brasil, reclamar dizendo "fulano só faz 'cagada'", enquanto compartilha nas redes sociais uma opinião pronta e vendida dos "intelectuais" da mídia, aquela que quer seu dinheiro, é uma reclamação tão vazia quanto a cabeça de quem a faz.

terça-feira, 4 de março de 2014

A onça virou um gatinho, mas não é bem assim...

Créditos da imagem: oglobo

Mais uma vez, uma informação verdadeira é apresentada e analisada de maneira incompleta aqui.

Sim, é verdade que a moeda, o Real, perdeu poder de compra em 20 anos. Assustadores 347,51% de inflação, fazendo com que o real tenha perdido quase quatro quintos de seu poder de compra.

Trocando e miúdos, o que se comprava com pouco mais de 20 reais em 1994 hoje não se compra por menos de 100 reais.

Até aí tudo bem.

Porém, não se pode realizar a análise de poder de compra de uma moeda desvinculando a inflação do salário mínimo, cujo valor é outra discussão.

O salário mínimo em 1/7/1994 era de R$ 64,79, hoje é de R$ 724 (Fonte: portalbrasil), isso representa um aumento de 1.117,45%, um aumento TRÊS vezes superior à inflação do período.

Cuidado com os índices apresentados e analisados de maneira isolada, infelizmente, nem sempre eles são o resumo da realidade.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Matrix de volta?



De acordo com o site Latino-Review, sim.

Os irmãos Wachowski estariam neste momento (força de expressão) escrevendo os roteiros para uma nova trilogia com base no mesmo universo para a Warner Brothers.

Para ser honesto, eu estava até estranhando o fato da Warner não ter, até agora, encaminhado a produção de novos filmes sobre o universo criado em "The Matrix", porque no cinema, hoje, histórias bem menos complexas viraram franquias.

Apesar de eu ser fã da trilogia original e, obviamente, sempre ter sonhado em poder assitir uma continuação, não tenho tanta certeza que isso seja algo positivo do ponto de vista artístico.

The Matrix, apesar das falhas que os críticos tanto gostam de apontar, na minha opinião, é uma obra completa como, guardadas as proporções, Star Wars.

Resta-nos esperar para ver se os rumores se confirmarão e torcer para que os filmes não sejam tramas rasas com atores/atrizes "bonitinhos" e fugas apelativas do que se criou inicialmente.

E você, o que achou dessa notícia?

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Recomeçar

Eu te desejo
Não parar tão cedo
Pois toda idade tem
Prazer e medo

E com os que erram
Feio e bastante
Que você consiga
Ser tolerante

(...)

Desejo
Que (...)
Ainda exista amor
Pra recomeçar


domingo, 2 de fevereiro de 2014

O famigerado gráfico de inflação da Globonews

Creio que não poderia escolher uma melhor representação do que pretendo com este blog do que este gráfico da Globonews, o canal (pago) de notícias pertencente ao grupo da Rede Globo.



Todos sabemos que os analistas de economia do grupo empresarial em questão tendem a ser pessimistas, mas a ânsia em espalhar o pânico por conta da inflação que fechou 2013 abaixo do desejável, mas ainda dentro da meta, fez com que o gráfico mostrasse o absurdo, fez com que 5,91% (em 2013) fosse maior do que 6,5% (em 2011).

Uma tremenda falta de cuidado, lamentável, lamentável.

Encontrou uma pérola que deveria estar aqui? Mande para mim na seção "Contato".